Empresários de vários ramos de negócios, especialmente TI e industrialização de alimentos, participaram do 1º Encontro de Negócios Brasil-Índia-EUA, uma iniciativa do escritório Boschirolli & Gallio e da Jazz Consultoria, com apoio da Vista Publicidade e Propaganda.
O evento contou com a presença do especialista em estratégia internacional, Anish Narang, indiano de Nova Delhi, que falou sobre as características econômicas, culturais e políticas de seu país, bem como oportunidades de negócios para brasileiros investirem no Sudeste asiático, um atraente mercado de aproximadamente 1,2 bilhão de pessoas. “As oportunidades maiores estão na área de produção de alimentos. A Índia está atenta ao que o Brasil tem a oferecer”, destacou.
Ele falou também sobre questões trabalhistas, hoje um dos principais entraves para empresários brasileiros. “Na Índia, a burocracia é inexistente. Abrir uma empresa leva alguns minutos, diferente do Brasil, em que o tempo é o principal inimigo do empreendedor”. Segundo ele, há um grande interesse de autoridades políticas do Brasil e da Índia em criar uma conexão aérea entre os dois países, já que hoje os vôos dependem de escalas, o que dificulta um maior contato.
“A Índia é a bola da vez no mercado internacional.” De 1947, ano em que o país se tornou independente da Inglaterra, até 1991, ano em que foram iniciadas as reformas econômicas, a nação indiana, composta por mais de 400 etnias, se abriu para o mundo e experimenta um processo de crescimento sem precedentes”.
Antes da palestra de Narang, outro especialista em mercados internacionais, Markus Lehmann, presidente da Master International Business, falou sobre o potencial de negócios entre o Brasil e países como Canadá e Dinamarca. “A Dinamarca é um país aberto para empreendedores e busca preservar o meio ambiente, tanto é que 20% de sua matriz energética é proveniente da energia eólica”, afirmou. Já o Canadá possui várias semelhanças com o Brasil, como geografia e espaço territorial, porém sua produção de alimentos é bem maior que a do Brasil. Hoje, o Canadá, diz Markus, é considerado o melhor país do mundo para se fazer negócios. Se somos quase iguais em tamanho, a extensão de terras agriculturáveis no Brasil não tem paralelo no mundo, o que prenuncia um futuro promissor ao agronegócio brasileiro, com a inserção de mais um gigantesco pólo consumidor.